INVESTIGAR O AUTISMO, POR QUÊ?[1]
Bartyra Ribeiro de Castro[2]
Inicialmente,
algumas questões se apresentam: O que é o autismo? Quais as suas causas? Como
tratá-lo? Para respondê-las, há tempos, os meios científicos têm se debruçado
em estudos, sejam no campo das neurociências, da genética, das ciências do
comportamento, da biologia, e mesmo da psicanálise. Em consequência, têm-se
levantado inúmeras hipóteses, construído diversos novos projetos e proferido
diferentes especulações que não cessam de provocar polêmicas entre abordagens
que se contrapõem ou se distanciam muito umas das outras. São desacordos que
não se atêm somente ao valor dos fatores inatos, talvez, causadores do autismo,
mas a questões, muitas vezes, ligadas a uma disputa sobre o domínio de um saber,
de uma verdade que se apresente única.
O que se constata com o tempo é que não se
pode apontar uma só causa e mesmo uma só definição para o autismo. O que tem
sido considerado como autismo tem-se apresentado, pois, com inúmeras variações
ao longo da história.
Antes do séc. XIX, não há
registro de clínica psiquiátrica com crianças. Entre 1856 e 1858, alguns autores descreviam patologias ligadas
especificamente às crianças, mas
foi em 1887 que Hermann
Emminghaus dedicou sua obra Die psychism Störungen des Kindesalters
(Os distúrbios do psiquismo da infância), inteiramente às psicopatologias infantis.
Durante o séc. XIX, os
distúrbios mentais da criança foram frequentemente incluídos na noção de
idiotismo, extraída da classificação de Esquirol. Em 1924, Sante De Sanctis
criticou os psiquiatras do séc. XIX dizendo que não lhes era possível
discernirem sobre as psicoses infantis, pois tendiam a reduzir “qualquer desvio
psíquico nas crianças ao menor denominador comum do retardo ou da interrupção
do desenvolvimento”[3].
Ao longo do séc. XIX se começou a distinguir algumas formas específicas de
idiotismo. Seguin, em 1846, descreveu inicialmente a “idiotia furfurácea”.
Mais tarde, em Londres, Langdon Down a nomeou como “idiotia mongolóide”.
Atualmente se chama “síndrome de Down”. Foi Langdon Down que, em 1887,
descreveu outra forma de idiotia na infância que, paradoxalmente, comportava
capacidades intelectuais extraordinárias: a síndrome do idiota sábio. Estas
crianças com deficiência intelectual manifesta apresentavam uma combinação de
capacidades excepcionais e uma memória impressionante que se desenvolviam de
forma notável. Posteriormente, muitos autistas, hoje considerados como de alto
desempenho, foram tomados como idiotas sábios.
Nestes primeiros tempos, a
dificuldade na transmissão precisa dos conteúdos subjetivos por parte das
crianças fazia com que o chamado adulto-morfismo (uso dos parâmetros do adulto)
aproximasse a clínica da criança à psiquiatria animal.
Foi somente no começo do séc.
XX, com o desenvolvimento dos estudos da psicologia da criança, que a demência
precocíssima descrita por Sante De Sanctis se distinguiu da idiotia.
A contribuição da Psicanálise,
através da divulgação dos estudos de Bleuler e de Freud, chegou em torno de
1920. Foi a partir da noção de auto-erotismo, trazida por Freud, que Bleuler
nomeou como ‘Autismo’, o primeiro sintoma da esquizofrenia infantil, endossando
os estudos de P. Janet que considerava o quadro clínico como ‘perda do sentido
da realidade”[4].
Em 1943, sem que se
conhecessem, Leo Kanner, em Baltimore – Estados Unidos, e Hans Asperger, em
Viena – Áustria, isolaram um quadro clínico bastante semelhante e, além disto,
o nomearam com o mesmo termo: “autismo”.
Para Kanner, o autismo é uma
síndrome composta por dois sintomas fundamentais: a solidão e a imutabilidade.
Segundo Kanner, tratam-se de formas radicais de proteção contra a angústia.
Quaisquer mudanças de rotina, por mínimas que sejam, podem levar as crianças a
um tamanho estado de angústia que podem chegar ao desespero. Para estas
crianças, o mundo exterior deve permanecer imóvel. Kanner também observou que o
contato físico direto e os barulhos são tomados como ameaçadores à estabilidade
construída com o isolamento, podendo causar-lhes intensas manifestações
agressivas. Segundo as pesquisas de Kanner, elas parecem estar, desde sempre,
numa extrema solidão autística e parecendo serem completamente
‘autossuficientes’, “como dentro de uma concha”, “agindo como se ninguém
estivesse ali”, “perfeitamente esquecidos de tudo ao seu lado”, “dando a
impressão de uma silenciosa sabedoria”, “faltando desenvolver a quantidade
habitual de consciência social”, “agindo como se eles estivessem hipnotizados”
[...][5].
Jean-Claude Maleval,
psicanalista, autor de diversos livros, dentre os quais, L’autiste et sa voix
(O autista e sua voz), ressalta que o autista estudado por Kanner apresenta uma
relação muito particular com os outros: “Ele não lhes endereça qualquer olhar
interessado, ele passa por perto sem se comunicar, as relações que ele pode
estabelecer são fragmentadas; (...) não compartilha, nem faz trocas. (...) Ele
não participa de nenhum jogo coletivo com outras crianças”[6].
Hans Asperger descreveu sua
síndrome de forma bastante próxima à de Kanner, embora esta se caracterizasse
por atividades estereotipadas em crianças muito inteligentes. “Elas seguem suas
próprias preocupações, elas estão distantes das coisas comuns; elas não se deixam
desarrumar, elas não se deixam penetrar pelos outros”.[7] Elas se
comportam “como se estivessem sozinhas no mundo”, entretanto, “constatamos o
quanto elas apreendem e integram o que se passa em torno de si”. Tanto para
Kanner, quanto para Asperger, a solidão destas crianças domina o quadro clínico
e funciona como elemento diagnóstico fundamental. Kanner e Asperger também
constataram que as crianças autistas estabelecem relações muito especiais com
os objetos: podem dedicar atenção a estes por horas e, muitas vezes não admitem
destes serem separados de forma alguma.
Em 1967, Bruno Bettelheim
publicou, nos Estados Unidos, uma obra baseada em seus estudos com crianças nos
campos de concentração. Ele considerava o autismo uma reação espontânea da
criança à submissão, desde muito cedo, a um sofrimento extremo.
A Psicanálise também teve
seus representantes nos estudos sobre o autismo, no entanto, infelizmente, em
consequência destes, assistimos a uma geração inteira de analistas sustentarem,
durante anos, a hipótese absurda segundo a qual a causa do autismo seria a
falta dos pais, especialmente das mães. Para Margareth Mahler, psicanalista
vienense nos anos 1940, o autista está condicionado pela mãe. Bettelheim
afirmava que o autismo decorria das insuficiências na relação com a mãe e com o
ambiente de forma que o tratamento era fundamentado sobre a busca permanente de
um ambiente favorável para a criança. Estas conclusões tendenciosas e
equivocadas sustentaram uma terapêutica que indicava a internação de crianças em
instituições asilares, que tinham como função o afastamento das crianças de seu
meio familiar. Da mesma forma, estas conclusões causaram uma resistência
radical à Psicanálise por parte de muitos pais de crianças autistas.
Felizmente, não é como a Psicanálise se posiciona atualmente frente ao autismo.
Buscando re-medicalizar a
psiquiatria, nos anos 1970, surgiram as primeiras formulações em torno do
DSM-III (Associação Americana de Psiquiatria - APA. Manual diagnóstico e
estatístico de transtornos mentais). Contemporâneo a isto, o cognitivismo
começou a se afirmar no meio científico, colocando a subjetividade fora das
abordagens em torno do tema do autismo e valorizando o tratamento das
informações pelo cérebro. Nesta mesma época surgiram, nos Estados Unidos, as
diferentes publicações sobre os ditos “autistas sábios”, das quais decorreram
interpretações de que estes testemunhavam que as crianças autistas têm cura[8].
Em 1972, nos Estados Unidos,
uma estratégia pedagógica visava incluir os pais e transferir para a casa os
métodos utilizados em sala: o método TEACCH (Treatment and Education of
Autistic and related Communication handicapped CHildren - Tratamento e Educação
de autista relacionado
com a
Comunicação da Criança
Deficiente)[9].
Ainda
nos anos 1970, surgiram “os testemunhos da ‘emergência’ do autismo”[10]
trazendo em seu bojo uma mudança de perspectiva em relação ao tratamento deste.
Estes testemunhos mostravam que “métodos educativos improvisados pelas
famílias, poderiam resultar em melhoras espetaculares na patologia autística”[11].
Em 1978, Michael Rutter e
Eric Schopler, publicaram uma importante reavaliação dos conceitos e do
tratamento do autismo, deixando a impressão de que o autismo se apresentaria em
diferentes graus de gravidade.
Com o lançamento, em 1980, do
DSM-III, o autismo foi inserido entre os “distúrbios globais do
desenvolvimento” e, em 1987, o DSM-III-R, o descreveu como “distúrbio invasivo
do desenvolvimento”. Dentre as principais características estão uma dificuldade
na aquisição de aptidões cognitivas, linguísticas, motoras e sociais.
“Invasivo” significa que a pessoa é atingida da forma mais profunda. Estas
mudanças sugerem que o autismo dependa mais da educação especializada que da
psiquiatria. Isto nos possibilita considerar o autismo como fora do campo das
psicoses.
Em 1986, Temple Grandin,
publicou sua autobiografia nos Estados Unidos. Nesta obra emblemática, ela fala
sobre sua autoterapia baseada na construção de uma ‘máquina do abraço’. Ela
mesma se refere a isto como uma nova clínica do autismo. Tamanha foi a
importância desta publicação que acabou nas telas de cinema com o título que
leva seu nome próprio. Outros autistas seguiram Grandin na publicação de seus
relatos autobiográficos: em 1992, Sean Barron publicou, em Nova York, There’s
a Boy in Here[12] (Há um Menino Aqui); e a
jovem australiana Donna Williams, publicou Nobody, Nowhere (Ninguém,
lugar nenhum), onde afirmava poder regrar seu pensamento através das regras da
linguagem isoladas de toda relação com seu corpo, reduzindo, desta forma, os
equívocos trazidos pela linguagem que tanto a angustiavam. Em 1993, Jim
Sinclair lança “Ne nous pleurez pas (Não chorem por nós).
Ainda nos anos 1980, uma
australiana, Rosemary Crossley, inventou uma técnica de comunicação facilitada
que possibilitava, através do uso do computador, que as crianças consideradas
deficientes mentais, se expressassem de forma assistida. Muitos foram os
autistas que fizeram deste recurso a forma de expressão mais eficiente para
dizerem sobre o seu mundo próprio e suas formas de lidarem com o entorno. Em
1993, aos dezessete anos, Birger Sellin publicou, na Alemanha a sua primeira
obra – Je ne veux plus être enferme en moi. Missive venant d’une prison
autistique (Eu não quero mais estar fechado em mim. Missiva vinda de uma
prisão autística) onde ele dizia: “Na idade de quase cinco anos eu já sabia
escrever e até calcular mas ninguém percebeu isto porque eu estava totalmente
caótico por causa do medo dos seres humanos precisamente porque eu era incapaz
de falar eu não tinha nenhuma dificuldade de ler é por esta razão que eu
procurava nos livros ditos importantes tudo o que eu podia encontrar...”[13]. As
revelações de Sellin jogaram por terra todas as formulações anteriores sobre o
autismo. Sobre a angústia, ele não a reduz à cognição, no entanto, a mantém no
campo dos distúrbios psicopatológicos. Muitas foram as reações do meio
científico aos textos de Sellin. Muitos estudiosos criticaram veementemente a
comunicação assistida alegando que o “facilitador” interviria na produção e no
resultado final. No entanto, isto não se tornou uma verdade comprovada, visto
que, por exemplo, havia um padrão de escrita em Sellin, embora fossem alguns,
os “facilitadores”.
As revelações trazidas pelos
textos de Temple Grandin, Donna Williams, Sean Baron, Birgen Sellin, Jim
Sinclair e outros endossam as afirmações de Asperger sobre a riqueza do mundo
interior dos autistas, sobre a constância de traços que podem ser reconhecidos
desde a mais tenra idade e que permanecem por toda a vida, e sobre um
“essencial que permanece invariável” [14]. Eles,
por mais adaptados que estejam, por mais que possam suportar de um laço social,
todos continuam a se considerar autistas. Todos reconhecem que algo de seu modo
de funcionamento perdura na idade adulta. Nas palavras de Temple Grandin: “Se
eu pudesse, num estalar de dedos, parar de ser autista, eu não o faria, porque
eu não seria mais eu mesma. Meu autismo integra o que sou.”[15] E nas
palavras de Jim Sinclair: “o autismo não é alguma coisa que uma pessoa tem, ou
uma concha na qual uma pessoa está fechada. Não existe criança normal atrás do
autismo. O autismo é uma maneira de ser. Ele é invasivo, ele tinge toda a
experiência, toda a sensação, a percepção, o pensamento, a emoção, todos os
aspectos da vida. Não é possível separar o autismo da pessoa... e se isto fosse
possível, a pessoa que ficaria não seria mais a mesma do início”[16].
Depois destes relatos, as
bases dos debates sobre o autismo jamais foram as mesmas.
Sobre a causa do autismo e o
essencial que perdura, muitas também foram as pesquisas psicanalíticas. Os
psicanalistas Rosine e Robert Lefort começaram seus estudos com o tratamento de
Marie-Françoise, criança autista que tinha 30 meses, nos anos 1950[17]. A
partir de 1996, eles consideraram as novidades trazidas pelos autistas de alto
nível constatando que existem “graus no autismo”. Rosine e Robert Lefort, após
mais de 40 anos de intensos estudos e a publicação de diversos livros e artigos
clínicos sobre o autismo e a psicose, propõem, para o autismo, uma estrutura
psíquica diferenciada da neurose, da perversão e da psicose.
O séc. XXI encontra a
pesquisa genética com força total. No que diz respeito ao autismo, estas
consideram os autistas de alto nível como tendo saído do autismo. A abordagem
genética faz obstáculo às considerações subjetivas em relação aos autistas
impondo limites arbitrários entre autismo “verdadeiro” e “personalidades
pós-autísticas”, contrapondo-se aos relatos dos próprios autistas que insistem
em afirmarem-se como tais, mesmo socializados e estabilizados.
Como
vemos, são muitas as hipóteses diagnósticas sobre o autismo, suas causas e
tratamentos. Dependendo da variação dos critérios diagnósticos, se nos
ativermos aos dados estatísticos neles baseados encontraremos uma verdadeira
epidemia de autismo, pois algumas pesquisas indicam um aumento em até 600% de
casos de autismo no mundo. Isto nos coloca diretamente diante de um impasse: há
realmente uma epidemia de autismo ou de diagnósticos de autismo?
Se
autismo se fala no plural, assim como o seu tratamento, a Psicanálise propõe
tomar cada autista no singular. Tanto para as crianças, como para seus pais, é
crucial que possamos manter uma pluralidade de abordagens na equipe orientada
por uma mesma base teórico-clínica. São interlocutores vindos de áreas
diferentes que, com sua diversidade, abrem um leque de leituras que viabiliza a
elaboração de um caminho fecundo para cada tratamento.
Para François Ansermet,
psicanalista, professor da Universidade de Genebra, na Suíça, “O autismo não é
uma doença e deve sair do campo da medicina. O autismo é um estado, uma forma
de estar no mundo”[18]. Para a
Psicanálise, o autismo é uma questão que diz respeito à estrutura subjetiva,
isto é, às possibilidades de respostas do sujeito na sua relação com o mundo.
Trata-se
de um espectro no qual encontramos diversos graus que variam entre leve,
moderado e grave. É preciso considerar que os autistas têm dificuldades
importantes em lidarem com o mundo, e que suas famílias estão completamente
envolvidas nestas dificuldades, sobretudo em lidar com esta criança que se
apresenta tão distante de suas expectativas e ideais. São crianças que precisam
de ajuda para saírem de seus mundos fechados e encontrarem soluções próprias
para estabelecerem algum nível de relação com o exterior.
A questão do autismo não é
que lhe falte, mas, ao contrário, que lhe exceda. Daí o cuidado também com o
excesso de oferta de todas as formas: de atenção, de palavras, de
tratamentos... O autismo é uma recusa extrema ao que excede. E a proposta da
Psicanálise é a de tratar este excesso. Um tratamento onde o psicanalista se
coloca como um guia que vai atrás. Um guia que segue os caminhos sinalizados
pela criança. Pelo que a criança autista norteia, pois o saber está ali. Nela!
O trabalho do psicanalista
com os autistas visa a criar falhas e servir-se delas. Visa a falha criadora.
Este “criar” permite que o autista busque saídas próprias aos seus impasses.
A Psicanálise recusa a ideia de normalidade e
considera o homem normal “uma ficção estatística”[19]. A
especificidade da abordagem psicanalítica consiste em considerar que o sujeito
possua um saber essencial sobre seu modo de funcionamento e, por isto, é
preciso considerar seriamente o que os próprios autistas dizem. É preciso
escutá-los, pois cada autista porta em si, um ensinamento. Um ensinamento do um
a um. Tomar o autista no singular é partir do detalhe fundamental que cada um
traz consigo. E é permitir, por conseguinte, a experiência da surpresa que toca
a singularidade enquanto tal. A orientação da Psicanálise é a de que “saibamos
ignorar o que sabemos”[20] e
compreendamos que há tudo a descobrir.
Investigar o autismo é,
sobretudo, criar um espaço “(...) onde cada um é convocado a refazer por sua
conta e risco um encadeamento demonstrativo e, a cada caso, invalidar ou
prosseguir ao invés de se deixar tomar apenas pelas evidências”[21].
Investigar o autismo é, em homenagem a Temple Grandin, abrir uma porta para que
o novo surja.
Referências Bibliográficas
- S.
De Sanctis, Neuropsichiatria infantile. Patologia e diagnostica, Roma,
Stock, 1924, citado por V. Baio, “Sante De Sanctis et la dementia
praecocissima”, Quarto, 1983, IX.
- F. Bleuler, Dementia praecox ou groupe des
esquizophrenies [1911], EPEL, Paris, 1993.
- L. Kanner, “Autistic disturbances of affective
contact”, Nervous Child, 1942-1943, 3, 2, p.217-230, Tradução
francesa em G. Berquez, L’autisme infantile, PUF, Paris, 1983.
- Jean-Claude Maleval, L’autist et sa voix, Ed.
Seuil,
Paris, 2009.
5.
–, Escuchen
a los autistas, grama Ed. Buenos Aires, Argentina, 2012.
- F. Ansermet, Autisme et emergence du sujet,
in Conversation clinique - À l’écoute des autistes – Des concepts et
des cas, vol I.
- H. Asperger, «Die autistischen Psychopathen im
Kindesalter », Archiv für Psychiatrie und Nervenkrankheitten,
1944, 117, p.76-136. Tradução francesa : Les Psychopathes
autistiques pendant l’enfance.
8.
F. Tustin, Autisme
et psychose de l’enfant [1972], Seuil, Paris, 1977.
9.
M. Lansing
& E. Schopler, « L’éducation individualisée: une école publique
pilote », em M. Rutter & E. Schopler, L’Autisme.
10.
J. e S. Barron,
Moi, l’enfant autist [1992], Plon, Paris, 1993.
- B. Sellin, Une âme prisonnière.
12.
Temple Grandin,
Penser en images, O. Jacob, Paris, 1997.
13. Jim Sinclair, Ne nous pleurez pas. “Autism Network International”, “Our voice” vol. I, nº 3,
1993.
- R.
e R.Lefort, O Nascimento do Outro.
- – , La distinction de l’autisme, Seuil,
Paris.
16.
F. Ansermet, Autisme
et emergence du sujet, in Conversation clinique - À l’écoute des
autistes – Des concepts et des cas, vol I.
17. Jacques-Alain
Miller - Os signos do gozo. Paidos. Buenos Aires, Argentina.
[1] Palestra proferida no Seminário Municipal sobre
Autismo – Para cuidar, é preciso conhecer! Promovido pela Prefeitura Municipal
de Vila Velha, em 26 de setembro de 2014.
[2] Psicanalista, membro da Escola Brasileira de
Psicanálise/Associação Mundial de Psicanálise, Diretora-Presidente do Núcleo de
Referência e coordenadora da equipe Vitória do Projeto de Investigação
Psicanalítica do Autismo – PIPA (e rabiola).
[3] S. De Sanctis, Neuropsichiatria infantile. Patologia
e diagnostica, Roma, Stock, 1924, citado por V. Baio, “Sante De Sanctis
et la dementia praecocissima”, Quarto, 1983, IX, p. 51.
[5] L. Kanner, “Autistic
disturbances of affective contact”, Nervous Child, 1942-1943, 3, 2,
p.217-230, Tradução francesa em G. Berquez, L’autisme infantile, PUF,
Paris, 1983.
[7] H. Asperger, «Die autistischen
Psychopathen im Kindesalter », Archiv für Psychiatrie und
Nervenkrankheitten, 1944, 117, p.76-136. Tradução francesa : Les
Psychopathes autistiques pendant l’enfance, p. 119.
[9] M. Lansing & E. Schopler,
« L’éducation individualisée: une école publique pilote », em
M. Rutter & E. Schopler, L’Autisme, p. 542-559.
[16] Jim Sinclair, Ne nous pleurez
pas. “Autism Network International”, “Our voice” vol. I, nº 3, 1993.
[20] F. Ansermet, Autisme et
emergence du sujet, in Conversation clinique - À l’écoute des autistes –
Des concepts et des cas, vol I, p. 12.
[21] Jacques-Alain Miller - Os signos do
gozo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário