Seminário Autismo e Psicose Infantil –
da clínica à política, e retorno.
30 de setembro - Tal
é o primeiro contato que Marie-Françoise tem comigo [...]; um contato
que passa mais pelo muscular que pelo escópico, que visa, neste sentido,
mais me destruir do que me ver.
19 de novembro – Os
fonemas não são gritados. [...] A elocução não tem nada de comparável
àquela de uma comporta que se abriu. Mas eles me são apenas francamente
endereçados; ela olha para frente, emitindo-os na direção do alto das
vidraças.
Rosine Lefort, Nascimento do Outro.
Ao longo das sessões com Marie-Françoise, Rosine relata os efeitos da
análise e observa o fracasso da dimensão imaginária e especular: em seu
“circuito autista”, ela dirige o olhar para a janela.
Como se faz um corpo? O poder real da imagem é indicado por Lacan desde
o Estádio de Espelho (1949), quando uma imagem produz a ilusão de uma
unidade, ao corpo fragmentado. No entanto, isso não se produz sem a
linguagem: Lacan insere o espelho plano, em seu esquema óptico (1954),
representando o Outro. Estas pontuações são importantes, sobretudo, para
o que observamos hoje na clínica sobre como o poder da imagem tem
efeitos de gozo sobre o corpo, para o ser falante.
No Seminário de maio nos dedicaremos ao tema do espelho no real,
articulados ao VII Enapol: “O império das imagens” (São Paulo, setembro,
2015). Para leitura: Capítulo IX de Nascimento do Outro e a
conferência sobre o acesso à fala e o laço social*. Na segunda parte,
Pâmela Perez apresentará o trabalho que expôs na III Jornada do MPASP.
Coordenação: Ana Martha Maia
Datas: 9 maio, 13 junho, 4 julho, 8 agosto, 12 setembro, 3 outubro, 7 novembro e 5 dezembro. Sábados, 10 às 12h.
Local: Sede da EBP-Rio. Rua Capistrano de Abreu, 14. Humaitá.
Inscrições e informações: anamarthamaia@
*Aos inscritos que ainda não receberam, solicitar a tradução do texto L’accès de l’enfant à la parole, condition du lien social,
publicado em Autisme, Group Petite Enfance - Nouveau Réseau CEREDA
Diagonale Francophone. Bulletin 10. Número Spécial. Javier, 1997.
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