segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Seminário Autismo e Psicose Infantil - da clínica à política, e retorno - Barra da Tijuca


Corpo, sintoma e gozo.

"Trata-se de introduzir outra coisa que a dimensão do apelo, alguma coisa que convenha especificamente à estrutura do autismo, a saber, apostar sobre a presença do objeto nesta tentativa de simbolização."

Hélène Deltombe, Lorsque l'enfant questionne.

Como estabelecer um laço de trabalho e se tornar um parceiro real do autista? Como situar a interpretação e a transferência, a partir da instauração da relação com o objeto?

Em nosso encontro de novembro, nós nos dedicaremos à discussão do caso apresentado no capítulo 5 deste livro de Deltombe que trata do trabalho de uma pequena criança de "se extrair de sua colagem ao objeto e entrar no mundo dos significantes". Vejamos o que nos ensina este menino autista sobre a solução inventada por ele para sair do mutismo, assim como o manejo da analista, a forma como usa o corpo neste caso e suas intervenções.

E a data se aproxima! Nos dias 18 e 19 de novembro, estaremos coordenando o Curso "Autismo e Psicose Infantil - política, clínica e prática em instituição", com as professoras convidadas Marita Manzotti (EOL/AMP) e Daniela Teggi (EOL/AMP). Informações pelo site hsz.org.br, Hospital São Zacharias/SEPAI e pelo telefone: 2244-2698. As vagas são limitadíssimas.



Coordenação: Ana Martha Maia (EBP/AMP).

Colaboradoras: Bruna Brito e Valéria Glioche.

Comissão de Tradução : Ana Martha Maia, Anna Carolina Nogueira, Astrea Gama e Silva, Bruna Brito, Luiza Sarrat Rangel, Maria Elizabeth Araújo, Marina Valle, Sônia Leão e Valéria Glioche.

Datas: 16 novembro e 7 dezembro. Primeiras quartas-feiras de cada mês, às 12:30h.

Local: Rua Rui Frazão Soares, 121/sala 205. La Playa. Alpha Barra I.

Informações: anamarthamaia@gmail.com



*Aos inscritos que ainda não receberam, solicitar as traduções por email. Para os participantes que ainda não conseguiram comprar o livro, fazemos pedidos diretamente à editora.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Encontro com a Clínica do Autismo




Vamos retomar o Encontro com a Clínica do Autismo nos dias 30/09, 28/10 e 02/12, às 18h30, a partir dos temas que foram extraídos dos encontros anteriores: circuito pulsional, transferência e sintoma. 

Nossa proposta de pesquisa não visa apenas uma questão diagnóstica, mas acompanhar as soluções criativas que os autistas encontram para o que os atormenta.

Pretendemos verificar a maneira que os autistas encontram para tratar o impacto do significante sobre o corpo, que tem para eles efeitos devastadores, em um circuito pulsional a partir da inscrição de algum intervalo, de circunscrever um ponto de impossível. Cingir essa dimensão necessária ao trabalho com autistas pode nos orientar no seu acolhimento, ficando atentos à modalidade de laço que pode se desenvolver sob transferência.

Desejamos partilhar essa orientação com colegas de outras disciplinas convocadas a diagnosticar, medicalizar e incluir, que podem nos transmitir os impasses experimentados em sua prática e as soluções encontradas para dar aos autistas um lugar de sujeito.

Algumas perguntas nortearão nosso trabalho:
Como acolher os autistas, levando em conta o insuportável que se apresenta no convívio com os outros?
Como os familiares, os analistas e profissionais da educação podem acompanhar os autistas em seu trabalho para abrir brechas no que os obriga ao isolamento?

Como abrir caminho para a descoberta e a invenção de maneiras que tornem possível o encontro?

Para o encontro do dia 30/09, a discussão será a partir do texto: "Por que a hipótese de uma estrutura autística?", de Jean-Claude Maleval, disponível pelo link: http://www.opcaolacaniana.com.br/nranterior/numero18/texto7.html

Esperamos vocês.


Coordenação:
Maria do Rosário Collier do Rêgo Barros
Paula Borsoi

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Pesquisas e práticas contemporâneas sobre o autismo”

Ressonâncias do Colóquio Internacional “Affinity therapy. Pesquisas e práticas contemporâneas sobre o autismo”

O Colóquio Internacional “Affinity therapy. Pesquisas e práticas contemporâneas sobre o autismo” aconteceu na cidade de Rennes, França, nos dias 5 e 6 de março de 2015 e tratou acerca das pesquisas internacionais que centraram seu trabalho sobre os estudos mais contemporâneos da “Affinity therapy”, desenvolvida por Ron Suskind, reconhecido jornalista político norte americano e pai de uma criança autista e o psicólogo clínico, Dr. Dan Griffin. Nossa colega Silvia Tendlarz, nos aproxima deste acontecimento através de seu relato e a partir da entrevista que realizou com Éric Laurent, Jean Claude Maleval, Sergio Laia, Iván Ruíz, Dan Griffin, Myriam Perrin e Ron Suskind. Agradecemos a Silvia Tendlarz por este grande trabalho e a todos aqueles que colaboraram com seu testemunho.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Seminário Autismo e Psicose Infantil - da clínica à política, e retorno.

 É a primeira vez que em torno do buraco do objeto – sobre o que ele colocou sua questão -, buraco que concerne ao Outro, que me concerne diretamente, a pulsão escópica pode, enfim, retornar sobre ele: ele se olha. Podemos seguir Freud para dizer que ele se olha no objeto ausente?Rosine e Robert Lefort, Les structures de la psychose.

O olhar será o tema a que o Seminário de outubro se dedicará, a partir da leitura do caso Robert, o Menino Lobo, Capítulo VI: "La pulsion scopique" do livro Les structures de la psychose: L'Enfant au loup et le Président, Paris: Seuil, 1988.
E, na segunda parte do Seminário, teremos muito prazer em receber, mais uma vez, Valeria Ferranti (EBP/AMP), coordenadora do Ciranda - NR Cereda, que apresentará um caso para o qual escolheu um título muito instigante:  "Olha! Olha! Olha!".
Nos dias 18 e 19 de novembro, estaremos no Hospital São Zacharias/SEPAI, coordenando o Curso "Autismo e Psicose Infantil - política, clínica e prática em instituição", que terá Marita Manzotti (EOL/AMP) e Daniela Teggi (EOL/AMP) como professoras convidadas. As informações podem ser obtidas pelo site hsz.org.br, Hospital São Zacharias/SEPAI e pelo telefone: 2244-2698. As vagas são limitadíssimas.

Coordenação: Ana Martha Maia (EBP/AMP).
Colaboradora: Bruna Brito.
Comissão de Tradução : Ana Martha Maia, Anna Carolina Nogueira, Astrea Gama e Silva, Bruna Brito, Luiza Sarrat Rangel, Maria Elizabeth Araújo, Marina Valle e Sonia Carneiro Leão.
Data: 1 outubro e 3 dezembro. Sábados, 10h.
Local: Sede da EBP-Rio. Rua Capistrano de Abreu, 14. Humaitá.
Informaçõesanamarthamaia@gmail.com
*Aos inscritos que ainda não receberam, solicitar as traduções por email.

Seminário Autismo e Psicose Infantil - da clínica à política, e retorno - Barra da Tijuca

Corpo, sintoma e gozo. 
"Freud articulava o gozo ao corpo pela zona erógena, pela borda onde vem a se enodar a pulsão. Os desenvolvimentos posteriores da psicanálise sempre enfatizaram mais a função da fantasia, enodando um parceiro imaginário, uma ficção simbólica e um gozo real. Os subconjuntos do gozo reenviam tanto ao heterogêneo da fantasia quanto a suas montagens diversas".                                            Éric Laurent, O avesso da biopolítica, p.41.

No Seminário de outubro, prosseguiremos trabalhando as relações entre corpo, sintoma e gozo, a partir da leitura do recente livro publicado por Laurent.
E nos dias 18 e 19 de novembro, estaremos no Hospital São Zacharias/SEPAI, coordenando o Curso "Autismo e Psicose Infantil - política, clínica e prática em instituição", que terá Marita Manzotti (EOL/AMP) e Daniela Teggi (EOL/AMP) como professoras convidadas. As informações podem ser obtidas pelo site hsz.org.br, Hospital São Zacharias/SEPAI e pelo telefone: 2244-2698. As vagas são limitadíssimas.

Coordenação: Ana Martha Maia (EBP/AMP).
Colaboradoras: Bruna Brito e Valéria Glioche.
Comissão de Tradução : Ana Martha Maia, Anna Carolina Nogueira, Astrea Gama e Silva, Bruna Brito, Luiza Sarrat Rangel, Maria Elizabeth Araújo, Marina Valle, Sônia Leão e Valéria Glioche.
Datas: 5 outubro, 16 novembro e 7 dezembro. Primeiras quartas-feiras de cada mês, às 12:30h.
Local: Rua Rui Frazão Soares, 121/sala 205. La Playa. Alpha Barra I.
Informaçõesanamarthamaia@gmail.com

*Aos inscritos que ainda não receberam, solicitar as traduções por email. Para os participantes que ainda não conseguiram comprar o livro, fazemos pedidos diretamente à editora.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Life, animated, o filme - ou quando uma janela se abre.


Ana Martha Wilson Maia
(EBP/AMP)
Entre as diversas abordagens sobre causa, diagnóstico e proposta de tratamento, uma surpreendente experiência foi divulgada em 2014, pelo pai de um menino autista, e tem sido amplamente comentada. A “Terapia da Afinidade” (Affinity Therapy) - termo proposto por Suskind (o pai) e Griffin (o terapeuta) para o tratamento que foi realizado com o menino Owen -  ficou conhecida a partir da publicação do livro de Suskind intitulado Life, Animated que agora virou roteiro cinematográfico. No Brasil, o filme acaba de ser lançado no Festival do Cinema, no Rio de Janeiro.
Relatado pelos pais e por ele mesmo, o surgimento do autismo de Owen foi devastador para todos, como mostra a passagem da cena em que o menino (como Peter Pan) brinca de espada com o pai, à cena em que se ausenta do mundo e, entre outras coisas que manifesta, para de falar.
A busca de tratamento e de uma escola que possa acolhê-lo com seu modo diferente de ser, o bullying, as crises, o filme ilustra o sofrimento de um sujeito que deseja se relacionar com os outros e não consegue, e o sofrimento dos pais e do irmão mais velho, inclusive pela preocupação com o futuro dele. "Estamos envelhecendo e queremos que ele seja independente e possa se cuidar sozinho"- pensam Suskind e Cornelia, a mãe, enquanto o irmão desde pequeno se sente responsável por ele e imagina como será difícil quando não poderem mais contar com os pais. Quando percebe que Owen está na adolescência, Walter quer ensiná-lo a "beijar de língua", quer falar com ele sobre sexo. Afinal, os autistas crescem.
Mas Owen teve a sorte de ser escutado, mesmo sem nada dizer. Sempre adorou assistir aos filmes da Disney com o irmão e, em um certo dia, os dois meninos, diante da cena em que e A Pequena Sereia (The Little Mermaid) perde a fala no acordo que faz com a bruxa do fundo do mar, ele disse: "sussuvoz" (juicervose) Sua mãe explicou que ele falara “apenas sua voz” (just your voice). Como a Pequena Sereia, Owen havia perdido a voz.
Uma cena que também se destaca: Owen sentado na cama, assistindo um filme como sempre, e o pai entra, percebe que ele repete todas as falas dos personagens, que ele as sabia de cor. Suskind cobre o corpo e a cabeça com um lençol, pega com uma das mãos um boneco de pelúcia que é personagem de um dos desenhos e se aproxima, imitando a voz e repetindo as frases do boneco no filme ... Owen responde. Ele fez dos personagens da Disney um duplo autístico e assim voltou a falar, separando a linguagem, da enunciação. Suskind diz que era preciso entrar na prisão do autismo do filho e tirá-lo de lá. "Uma janela se abriu e a luz entrou".
A emocionante formatura, a separação dos pais, o momento de se mudar para uma residência assistida, o namoro, o beijo, a primeira decepção, o emprego em um cinema (tinha que ser!) ... enquanto o espectador acompanha a história de um jovem adulto, em seus 23 anos, tem a oportunidade de conhecer sua preciosa invenção: "A Terra dos Coadjuvantes Perdidos", desenho animado criado por ele, cujo personagem principal é ele mesmo. O mundo invade, é violento, este é o tema da criação do personagem Fussbitch e da maldade da floresta.
Entre cenas do passado, filmadas em família, e cenas atuais, as lacunas de imagem são preenchidas por desenho animado, documentando também a apresentação de Owen no Colóquio Terapia da Afinidade, realizado nos dias 5 e 6 de março de 2015, na Universidade de Rennes II. Universitários e praticantes da psicanálise de diversos países, entre eles analistas do Campo Freudiano, tiveram a oportunidade de escutá-lo falar sobre sua vida e a paixão pelos desenhos da Disney.
"Minha infância passou, mas isso não importa. Meu futuro? Ainda estou buscando ele". Há um futuro para os autistas, Owen nos ensina. Para os autistas e para todos os que seguem na vida, com seus modos de gozo mais ou menos "diferentes", na direção de seus desejos.

Life, animated. Direção: Roger Ross Williams. Com Owen Suskind, Ron Suskind, Cornelia Suskind e Walter Suskind. Estados Unidos/França. 2016. 

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Seminário Autismo e Psicose Infantil - da clínica à política, e retorno.

É a primeira vez que em torno do buraco do objeto – sobre o que ele colocou sua questão -, buraco que concerne ao Outro, que me concerne diretamente, a pulsão escópica pode, enfim, retornar sobre ele: ele se olha. Podemos seguir Freud para dizer que ele se olha no objeto ausente?
Rosine e Robert Lefort, Les structures de la psychose.

O olhar será o tema a que o Seminário de outubro se dedicará, a partir da leitura do caso Robert, o Menino Lobo, Capítulo VI: "La pulsion scopique" do livro Les structures de la psychose: L'Enfant au loup et le Président, Paris: Seuil, 1988.
E, na segunda parte do Seminário, teremos muito prazer em receber, mais uma vez, Valeria Ferranti (EBP/AMP), coordenadora do Ciranda - NR Cereda, que apresentará um caso para o qual escolheu um título muito instigante:  "Olha! Olha! Olha!".
Nos dias 18 e 19 de novembro, estaremos no Hospital São Zacharias/SEPAI, coordenando o Curso "Autismo e Psicose Infantil - política, clínica e prática em instituição", que terá Marita Manzotti (EOL/AMP) e Daniela Teggi (EOL/AMP) como professoras convidadas. As informações podem ser obtidas pelo site hsz.org.br, Hospital São Zacharias/SEPAI e pelo telefone: 2244-2698. As vagas são limitadíssimas.

Coordenação: Ana Martha Maia (EBP/AMP).
Colaboradora: Bruna Brito.
Comissão de Tradução : Ana Martha Maia, Anna Carolina Nogueira, Astrea Gama e Silva, Bruna Brito, Luiza Sarrat Rangel, Maria Elizabeth Araújo, Marina Valle e Sonia Carneiro Leão.
Data: 1 outubro e 3 dezembro. Sábados, 10h.
Local: Sede da EBP-Rio. Rua Capistrano de Abreu, 14. Humaitá.
Informaçõesanamarthamaia@gmail.com
*Aos inscritos que ainda não receberam, solicitar as traduções por email.





domingo, 11 de setembro de 2016

Resenha

Na noite do dia 29.08.16 tivemos em Recife mais uma atividade da EBP na Batalha do Autismo. Desta vez a EBP-PE promoveu, ao lado da Associação de Amigos do Autista-Grupo de Estudo sobre Transtornos Invasivos do Desenvolvimento – AMA GETID - formada por pais, familiares, profissionais e amigos implicados no que se trata por Transtorno de Espectro Autista e Síndrome de Asperger-, e da Faculdade Guararapes a exibição e o debate do filme A Céu Aberto de Mariana Otero. O inusitado da noite, foi a presença da própria Mariana no evento que contou ainda com as presenças de Anamaria Vasconcelos, membro da EBP/ AMP,  Diretora de Biblioteca da EBP- Seção PE e do Observatório do Autismo da FAPOL, Paula Borsoi, Diretora Secretaria da EBP e membro do Observatório do Autismo da FAPOL , e ainda  Tânia Abreu também membro da EBP/AMP e do Observatório.


Na plateia outros colegas da EBP-PE , com destaque para José Carlos Lapenda, diretor desta Seção, trabalhadores da Saúde Pública e pais e amigos da causa do autismo.



O debate foi aberto por Anamaria Vasconcelos, organizadora do evento que em seguida dirige  uma pergunta a Mariana relativa ao porque da eleição do Courtil para seu filme .



A fala da diretora do filme  se centrou na importância que foi para ela se despojar dos seus conceitos e valores para poder olhar o mundo pelos olhos do outro , foi crucial para desencadear o debate. Mariana nos contou a reação das crianças e técnicos à sua presença e destacou a importância de acoplar uma câmera ao seu corpo para não ter algo "entre" ela e as crianças.



Ela que nada conhecia da Psicanalise saiu encantada e tocada pelo respeito a singularidade que encontrou no Courtil.



Nos relatou a reação das crianças e técnicos ao filme pronto e foi de suma importância quando nos falou sobre o júbilo de uma criança esquizofrênica ao se ver enquadrada na câmera que, deste modo, funcionou como borda.
Marcou que rótulos e diagnósticos não importam à diretoria do Courtil que recebe cada um a partir de suas inquietações, sem etiquetas.



Paula Borsoi, com sua experiência no serviço público no Rio de Janeiro, trouxe ricas informações sobre as políticas públicas para o autismo e a  saúde no Brasil em contraponto ao modelo Belga e Francês. Este viés trazido por Paula incentivou a fala e participação de outros profissionais que também atuam nesta área. O respeito e a delicadeza com os quais as crianças são tratadas no Courtil  foram destacados por Paula.
Tânia Abreu, destacou a importância da questão do olhar no filme, salientando que é um filme sobre o modo como crianças e jovens que  se relacionam com palavras e corpos de modo muito próprio , vêm o mundo. Apresentou a FAPOL e o OBSERVATÓRIO, marcando que existem vários outros Observatórios que se centram em temas cruciais para a vida contemporânea. Ressaltou que a Psicanalise tem um trabalho a fazer com autistas e psicóticos e que as famílias devem ter o direito de escolher a terapêutica que desejarem para seus filhos.



Em seguida, o presidente da AmaGetid, Roberto Calife, pediu a palavra e falou sobre o benefício que seu filho, hoje com 18 anos, ilustrador de cartilhas e livros ali apresentados, teve no encontro com a Psicanálise. Ele comentou que sentiu falta da presença dos pais no filme. Mariana informou que os pais são presentes no Courtil, mas a tônica do filme foram as crianças e jovens. Roberto foi informado por nós, da EBP, da existência do filme de IVAN Ruiz, no qual a presença e o depoimento dos pais é fundamental.



Podemos considerar que, o grande ganho da noite, foi escutarmos o depoimento de uma cineasta, que nada sabia da Psicanalise,  sobre os benefícios desta para os psicóticos e autistas. Seu depoimento foi rico, vivo e contagiante.



Tânia Abreu

Um Lugar para os Autistas


quinta-feira, 8 de setembro de 2016

O que o Autismo pode nos ensinar?

Convido-os para o Curso de Extensão "O Que o Autismo Pode nos Ensinar? " realizado pela parceria entre o Ateliê de Clínica Psicanalítica da Orientação Lacaniana- ACPOL e a linha de pesquisa “O autismo, as Psicoses e suas Interfaces na Psicanálise” do laboratório de psicopatologia fundamental do departamento de Psicologia da UFPR.

O curso trabalhará os principais textos — desde a pré-psicopatologia até o DSM5 — da construção teórica concernente ao estudo da psicopatologia relativa ao autismo e proporá o debate em torno do diagnóstico, casos clínicos e fundamentos dessa psicopatologia, e culminará com uma apresentação da obra renascentista magistral de Robert Burton “A anatomia da melancolia”.

Serão projetados o filme “A céu aberto” de Mariana Otero, e “Outras Vozes” de Iván Ruiz, psicanalista e pai de autista, que propõe a questão: “Que significa falar?”, que será abordada no encerramento do curso.

As inscrições estão abertas no site www.institutolacan-br.com.br

O que o Autismo pode nos ensinar? acontecerá de 23,24,30 de setembro 1,14,15, 28 e 29 de outubro DE 2016
Carga Horária TOTAL: 44hs
Horário: noite-18:00 às 22:00 , manhã 8:00 às 12:00 e manhã e tarde 8:00 às 18:00.
Dia: sextas-feiras e sábados
Atenção: sábados, 15 e 29 manhã e tarde
Inscrições no site: www.institutolacan-br.com.br
16 de agosto a 23 de setembro

Os professores do Curso serão: Maria Virginia Filomena Cremasco, Guilherme Gontijo Flores, Gleuza Salomon, Luiz Carlo Pinto Bueno, e o Professor Convidado Ana Martha Wilson Maia.

Um abraço,
Gleuza Salomon
Coordenadora da Linha de Pesquisa "O Autismo, as psicoses e as suas interfaces na psicanálise e do ACPOL-IL
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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Seminário Autismo e Psicose Infantil - da clínica à política, e retorno. Barra da Tijuca

 Corpo, sintoma e gozo.

"Ter um corpo, no sentido da psicanálise, é fazer a experiência do gozo, inscrevendo-se numa superfície, mas sem ter correlato subjetivo. O sujeito é , assim, produzido como ausência, como furo".
Éric Laurent, O avesso da biopolítica, p.19.

Na conversação que realizamos em julho sobre as práticas fundamentadas em resultados que pretendem ser empíricos e estatisticamente controlados, chegamos ao irredutível do sintoma em relação aos ideias da normalização. Como exemplo, uma nova categoria circula nas escolas: o "Distúrbio do Processamento Auditivo Central". O corpo e seu vazio, a medicalização da existência e o delírio da normalidade, retomaremos estas questões no Seminário de setembro.

Coordenação: Ana Martha Maia (EBP/AMP).
Colaboradoras: Bruna Brito e Valéria Glioche. Comissão de Tradução : Ana Martha Maia, Anna Carolina Nogueira, Astrea Gama e Silva, Bruna Brito, Luiza Sarrat Rangel, Maria Elizabeth Araújo, Marina Valle e Sônia Leão.
Datas: 21 setembro, 5 outubro, 16 novembro e 7 dezembro. Primeiras quartasfeiras de cada mês, às 12:30h.
Local: Rua Rui Frazão Soares, 121/sala 205. La Playa. Alpha Barra I.
Informações: anamarthamaia@gmail.com 
*Aos inscritos que ainda não receberam, solicitar as traduções por email. Para os participantes que ainda não conseguiram comprar o livro, fazemos pedidos diretamente à editora.

Seminário Autismo e Psicose Infantil - da clínica à política, e retorno.


"Madame e Deus são os personagens centrais da psicose da criança do Lobo ou do presidente, quer dizer, segundo Lacan a mulher-toda, do que decorre para um e para outro o empuxo-à-mulher. [...] Para um e para outro a realidade sexual que é aquela do inconsciente pode ser lida a livro aberto e passa a tomar a frente do palco". 
Psicose no adulto, psicose na criança: uma só estrutura. 
Robert e Rosine Lefort. 

No Seminário de setembro, trabalharemos esta Conferência dos Lefort (1985) que foi apresentada na EBP-Bahia e publicada em apostila de circulação Interna, e prosseguiremos com a leitura do Capítulo V: "Le don propitiatoire", do livro Les structures de la psychose: L'Enfant au loup et le Président, Paris: Seuil, 1988.

Na segunda parte do Seminário, receberemos com muito prazer Mônica Hage (EBP/AMP), psicóloga do Ambulatório Infanto-juvenil do Hospital Juliano Moreira - Salvador/Bahia, e preceptora da Residência de Psicologia Clínica e Saúde Mental. Ela irá apresentar um caso que intitulou "Trauma e acontecimento de corpo: uma questão diagnóstica", enriquecendo nossos debates sobre a distinção dos autismos, com relação às psicoses.

Coordenação: Ana Martha Maia (EBP/AMP).
Colaboradora: Bruna Brito. 
Comissão de Tradução : Ana Martha Maia, Anna Carolina Nogueira, Astrea Gama e Silva, Bruna Brito, Luiza Sarrat Rangel, Maria Elizabeth Araújo, Marina Valle e Sonia Carneiro Leão.
Data: 3 setembro, 1 outubro, 19 novembro e 3 dezembro. Sábados, 10h.
Local: Sede da EBP-Rio. Rua Capistrano de Abreu, 14. Humaitá.
Informações: anamarthamaia@gmail.com
*Aos inscritos que ainda não receberam, solicitar as traduções por email. 

terça-feira, 5 de julho de 2016

Seminário Autismo e Psicose Infantil - da clínica à política, e retorno.

"O constrangimento dos pais mostra sempre como indica a reação deles imediata que é proibir, não ver ou desculpar um comportamento de sua criança. Este comportamento que os incomoda traduz um querer-gozar da criança, sempre sonorizado pelas invenções linguageiras do gozo puro, bem dele, agramaticais, fora de sentido. [...] se o consultante ou o parente insiste em compreender isto que a criança quer dizer, esta continua sem resposta, ou ainda, modifica o seu falar. O querer-gozar patente que se impõe ao sujeito encontra apoio nos elementos de alíngua que interpretam o gozo do casal parental. Que faz um psicanalista que escuta este tipo de mensagem não-endereçada, então, ininterpretável?"
Yasmine Grasser, La Petite Girafe 28.

A partir dos casos de Élodie, Thomas e Julia, Yasmine Grasser aborda a função do corte e das intervenções realizadas com estas crianças tão pequenas e seus pais, sustentando um trabalho centrado na clínica do gozo, em sua diferença com a clínica do sujeito suposto saber. Seguimos, assim, na direção da Teoria do Parceiro, de Miller.

Em nosso encontro de Julho, nos dedicaremos à discussão deste texto, depois de finalizarmos o trabalho com o Capítulo IV do livro sobre o caso Robert, o Menino Lobo: "Le deux impossible et le Un unifiant du psychotique - Son objet: le sien-pénis" (Les structures de la psychose: L'Enfant au loup et le Président, Paris: Seuil, 1988)

Conforme combinamos, em virtude das Olimpíadas no Rio, não nos encontraremos em agosto e retomaremos o trabalho no dia 3 de setembro, com a discussão sobre o Capítulo V : "Le don propitiatoire", do mesmo livro, e o texto "Psicose no adulto, psicose na criança: uma só estrutura", de Rosine e Robert Lefort (1985), uma Conferência proferida na EBP-Seção Bahia , publicada em apostila de circulação Interna.


Coordenação: Ana Martha Maia (EBP/AMP).

Colaboradora: Bruna Brito.

Comissão de Tradução : Ana Martha Maia, Anna Carolina Nogueira, Astrea Gama e Silva, Bruna Brito, Luiza Sarrat Rangel, Maria Elizabeth Araújo, Marina Valle e Sonia Carneiro Leão.

Data: 2 julho, 3 setembro, 1 outubro, 19 novembro e 3 dezembro. Sábados, 10h.

Local: Sede da EBP-Rio. Rua Capistrano de Abreu, 14. Humaitá.

Informações: anamarthamaia@gmail.com



*Aos inscritos que ainda não receberam, solicitar as traduções por email.

Seminário Autismo e Psicose Infantil - da clínica à política, e retorno.


Barra da Tijuca
Corpo, sintoma e gozo.

"O paradoxo do gozo se deve ao fato de que ele é, antes de tudo, trauma, por fazer furo no tecido das representações do sujeito".
Laurent, O avesso da biopolítica, p.17.

Em nosso encontro de julho, seguiremos na leitura sobre o trauma do corpo, lalíngua e o mal-entendido da linguagem, e faremos uma conversação sobre a patologização e medicalização da existência nas práticas fundamentadas em resultados que pretendem ser empíricos e estatisticamente controlados. Uma referência de que nos serviremos é o texto de Maleval que foi traduzido para o Blog da EBP "Autismo hoje e psicanálise lacaniana" e se encontra disponível no link:

http://autismoepsicanalise.blogspot.com.br/2016/05/a-experimentacao-institucional-do-aba.html


Coordenação: Ana Martha Maia (EBP/AMP).

Colaboradoras: Bruna Brito e Valéria Glioche.

Comissão de Tradução : Ana Martha Maia, Anna Carolina Nogueira, Astrea Gama e Silva, Bruna Brito, Luiza Sarrat Rangel, Maria Elizabeth Araújo, Marina Valle e Sônia Leão.

Datas: 6 julho, 21 setembro, 5 outubro, novembro e 7 dezembro. Primeiras quartas-feiras de cada mês, às 12:30h.

Local: Rua Rui Frazão Soares, 121/sala 205. La Playa. Alpha Barra I.

Informações: anamarthamaia@gmail.com

*Aos inscritos que ainda não receberam, solicitar as traduções por email. Para os participantes que ainda não conseguiram comprar o livro, fazemos pedidos diretamente à editora.